terça-feira, 6 de outubro de 2009

Os riscos que o gestor de tecnologia corre ao cortar custos

Especialista defende que se a TI não comprovar que ela pode trazer receitas para o negócio, as companhias tendem a terceirizar as atividades que eram realizadas por essa equipe, com o intuito de economizar recursos
No ambiente corporativo é comum ouvir histórias de gestores de recursos humanos que lideram políticas globais de redução de custos e de pessoal e, depois de terminada a missão, são desligados da companhia. De acordo com o CIO da consultoria norte-americana Center for Systems Innovation - especializada em inovação -, Michael Hugos, existe uma forte tendência de os líderes de TI terem o mesmo destino frustrante desses profissionais de RH.
A lógica disso, segundo ele, é a seguinte: quando a empresa trabalha para reduzir ao máximo suas despesas, certamente eliminará as áreas de negócios que são vistas apenas como centros de custos. “No caso do departamento de TI, essa substituição é ainda mais simples, na medida em que grandes provedores de serviços terceirizados estão disponíveis para assumir as funções que, até então, eram realizadas internamente", explica Hugos.
Autor dos livros “Business Agility” e “The Gratest Innovation since The Assembly Line” (ambos sem versão em português), ele defende que, nesse contexto, a única opção efetivamente válida para os CIOs que desejam manter o emprego é coordenar o processo de transformação do departamento de centro de custos para gerador de lucros.
Para o executivo, posicionar-se e agir como a área que desenvolve produtos e serviços de alto valor agregado, com o objetivo de satisfazer clientes externos e internos representa a melhor saída para a TI. Nesse sentido, ele defende que o CIO trabalhe em conjunto com a área de vendas para transformar as inovações tecnológicas em algo factível e atraente aos usuários.
Se os gestores de tecnologia querem garantir seus futuros nas organizações, o especialista aconselha que firmem parcerias com as áreas comerciais e entendam profundamente o ciclo de vendas da empresa. “Assim, é possível que compartilhem informações e, até mesmo, dicas com os vendedores”, assinala Hugos, lembrando que só assim a TI vai conseguir desenvolver e vender soluções que tragam algum valor real aos usuários.


Fonte: cio.uol

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