sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Seis coisas que odiamos na web

Vivemos em um mundo tecnológico profundamente paradoxal. Posso guardar mais álbuns no meu bolso, com um iPod, do que jamais caberia em minha estante de CDs; é possível ouvir estações de rádio do mundo inteiro na Internet, enquanto estou no ônibus, e, ao mesmo tempo, baixar canções, legalmente, por menos de um dólar - tudo em uma única, e elegante, interface do smartphone. No entanto, ao procurar a letra de uma música – tarefa das mais simples – indubitavelmente serei bombardeado com anúncios que ocupam a tela inteira, vídeos que tocam sem eu pedir, e links para o download de toques de celular.
Inconveniências que existiam nos primórdios da Internet foram abandonadas, como letras que piscam, pop-ups insistentes e musiquinhas de fundo que não podem ser interrompidas. Não obstante, a batalha por uma rede mundial mais sã continua; ainda há muito de arcaico, e perturbador, na moderna Web 2.0. 
1. Sites de download enganadores
Se eu visito um portal desses, é óbvio que estou à procura de um arquivo para baixar. Entendo que a banda necessária para hospedá-lo não é gratuita, portanto, não me incomodo com os anúncios em tela cheia que vêm em minha direção. Fecho-o e já avisto um botão grande: “Download Here”.
É uma armadilha! Clico nele e uma grande janela de propaganda aparece. Elimino-a, e lá está: um ícone azul e a palavra download. Olho-o por um instante e concluo: “Ah, mais uma cilada, nada de cliques para você”. Ao lado, um quadrado laranja com o “Download Here” de antes; é esse.
Esqueci de digitar o CAPTCHA – código que serve para evitar que robôs acessem o sistema. Certo, tentarei de novo. Encontrei o arquivo que quero, só preciso clicar no botão e... não, não é esse; eu não quero uma conta Premium. Seleciono “voltar” no navegador. Ah, finalmente, aí está: o botão certo, logo ao lado do Premium. Pronto, agora é só esperar uns 45 segundos e não me distrair, pois, caso demore a clicar no último ícone, terei que fazer tudo de novo. O que eu queria baixar mesmo?
2. Vídeos anexados
No Gmail Chat está a forma correta de anexar vídeos. Por outro lado, o YouTube já tem mais de cinco anos e ainda não nos ofereceu uma maneira eficiente de completar essa tarefa. Principalmente para os iniciantes, o portal de vídeos deveria seguir esse padrão: copio a URL da página para um e-mail, um tuite, ou qualquer outra caixa de texto, e a mídia aparece no conteúdo postado; como no Gmail Chat.
Todos os outros estão errados. Alguns sites convertem a URL corretamente, alguns exibem um código para a indexação, e existem aqueles que não a permitem. Só dá para saber qual é o método por tentativa e erro. Uma confusão.
3. Cookies de terceiros
Esses daí podem incomodar. Você já deve saber que os cookies também são usados para que uma determinada entidade possa monitorar a sua atividade na Internet. Assim, redes de publicidade descobrem quais são os seus interesses, exibindo anúncios que condizem com eles.
O modo mais fácil de escapar da ameaça é desabilitando o armazenamento desses arquivos. No entanto, eles servem para muitas coisas úteis, e um grande número de extensões depende deles para funcionar corretamente, tanto no Firefox quanto no Chrome. Logo, se correr o bicho pega e se ficar...
4. Anúncios que dançam e cantam
No primeiro exemplo, o mouse, acidentalmente, acaba passando por um anúncio no topo da tela. Não só ele cresce, como também começa a tocar um vídeo ou uma música. Por ser tão difícil de evitá-lo, acabo clicando nele sem querer. Isso já ocorreu centenas de vezes; em todas, minha insatisfação com o som que sai das caixinhas foi enorme.
No segundo exemplo, eu nem percebo que abri um site que possui uma dessas peças publicitárias. Já estou em outra aba quando noto que uma música está tocando. De onde vem? Eu não abri nenhum arquivo musical, nenhum vídeo. Demora um tempo até que eu reconheça a origem, e vou de janela em janela procurando o anúncio para poder fechá-lo.
Por favor, publicitários, esperem pelo clique antes de exibir um filme ou iniciar uma narração; ao levar o mouse até o espaço da propaganda, isso não significa que estou interessado, mas, ao selecioná-lo, aí sim, vocês podem comemorar que conseguiram o que queriam.
5. Sugestões de contas a seguir no Twitter e amigos no Facebook
Eu entendo. São redes sociais e se você é novo nelas é muito mais fácil adicionar alguns amigos e, depois, ir selecionando as sugestões que o portal lhe dá. De fato, chega a ser conveniente.
No entanto, para quem está no Facebook há um tempo, essa lista passa a ser uma coleção de conhecidos com os quais não quero contato. Convenhamos, se você e um outro têm 100 amigos em comum e, mesmo assim, não se adicionaram na rede, existe um motivo para isso, algo que a rede de Zuckerberg é incapaz de entender.
6. Sites que tocam vídeo e áudio automaticamente
Essa é similar à reclamação dos anúncios. Em geral, ao visitar um site de notícias, por exemplo, escolho as manchetes que mais me interessaram e as abro em abas diferentes. Quando um barulho que não me é familiar começa, tenho que investigar página por página para ver qual é a responsável. Veja bem, se eu quiser assistir a um vídeo, eu clicarei nele; o conteúdo não precisa iniciar automaticamente, sou capaz de fazê-lo tocar por conta própria.

As carreiras do momento no mercado de TI

O mercado de computação em nuvem e de aplicações em plataformas móveis são listados nos rankings das principais tendências de tecnologia há algum tempo, mas só a partir de 2011 esses segmentos devem realmente decolar. Com isso, os recrutadores já buscam preparar as melhores equipes para esse movimento.
Uma pesquisa anual da IBM em todo o mundo identificou que profissionais com habilidades em cloud computing e mobilidade serão os mais procurados nos próximos cinco anos. Dentre os dois mil profissionais de TI ouvidos, 91% esperam que a computação em nuvem supere as infraestruturas tradicionais como modelo primário de entrega de computação até 2015.
Além disso, 55% acreditam que, no mesmo prazo, as aplicações para dispositivos móveis superam os modelos tradicionais de desenvolvimento para PCs e servidores. Com essas crenças, é natural que as expertises nessas áreas sejam as mais buscadas.
Como efeito colateral, os profissionais de data centers, que empregam milhares de pessoas, devem se preocupar em adquirir um grande número de novas habilidades relacionadas aos novos conceitos. “A automação de tarefas reduz a necessidade de expertise em instalação de tecnologias e de aplicações, já que os fornecedores entregam produtos completos e integrados. Isso vai exigir uma mudança de área de uma boa parcela dos profissionais atuais”, avalia o gerente global de canais da IBM, Bob Getchell.
Getchel afirma que os funcionários dessas áreas devem aprender a projetar catálogos de serviços, definir templates de oferta, além de escrever fluxos de trabalho técnicos e de negócios para automatizar requisições de serviços.
No campo das aplicações, os profissionais terão de entender como as várias plataformas móveis são construídas e mudar a metodologia de desenvolvimento. Segundo o vice presidente de relações com desenvolvedores de software da IBM, Mark Hanny, entender a experiência do usuário é mais importante do que nunca no campo móvel. Outro conhecimento imprescindível será HTML5, elemento fundamental para a mobilidade.

Outras oportunidades
Além de computação em nuvem e desenvolvimento de aplicações móveis, os profissionais pesquisados pela IBM esperam que mídia social e soluções analíticas e de BI (business intelligence) ofereçam oportunidades para crescimento na carreira de TI e um emprego seguro.
Quanto às indústrias com maior potencial de contratação, entram telecomunicações, serviços financeiros, saúde e energia. A pesquisa indica que nove em cada dez profissionais acreditam que os profissionais de TI precisam ter conhecimentos específicos da indústria que pretendem atuar e que esse fator se tornou mais crítico do que nunca em áreas técnicas. Apesar disso, somente 63% julgam que possuem esse conhecimento necessário para se manterem competitivos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010