sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Cargo de CIO está perdendo o glamour, diz consultor

O crescimento dos contratos de outsourcing de TI está reduzindo a importância do cargo de CIO. A afirmação é do consultor da consultoria A.T.Kearney, Antonio Almeida, que conhece bem essa função. Ele já esteve do outro lado como CIO da Klabin. Hoje, ao ajudar empresas na implantação de projetos de TI, constata que essa profissão já não tem tantos atrativos.
“O CIO está perdendo o glamour”, percebe o consultor, formado em Engenharia pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e com pós-gradução em Ciências da Computação pela Universidade de Michigan e MBA pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Almeira observa que em algumas organizações o Chief Information Officer, que era subordinado ao presidente, passou a se reportar ao executivo financeiro (CFO), que bate o martelo nos projetos. Essa mudança se deu, principalmente, com a pressão por redução de custos.
Outro fator que reduz o escopo do papel do CIO, segundo Almeida, é a disseminação da tecnologia, que desmistifica o tema, fazendo com que com executivos de outras áreas também o conheçam - mesmo que não na mesma profundidade. “Isso fez com que TI perdesse o monopólio das discussões sobre tendências tecnológicas e suas aplicações”, diz o consultor.
Muitos dos serviços antes internos estão sendo realizados por terceiros. Com esse movimento, Almeida chama a atenção dos CIOs para não se tornarem meros gerenciadores de contratos de outsourcing. O consultor discorda de que os diretores de TI estão perdendo espaço por falta de conhecimento de negócios.
“Há pelos menos 15 anos acompanho as discussões de que o novo CIO tem que ser ligado nos negócios”, afirma Almeida. Ele acredita que ter esse perfil só não basta. Em sua opinião, os executivos da área precisam ser políticos, algo que não é muito simples. O consultor destaca que é importante desenvolver essa habilidade, uma vez que tecnologia é uma área meio e não atividade fim dos negócios e em muitos casos é vista com algo que vai gerar custos.
Diante desse quadro, o consultor da A.T.Kearney percebe falta de interesse dos jovens para a carreira de CIO. Seu termômetro são as escolas de negócios pouco procuradas por profissionais que querem ser executivos de TI. Talvez, de acordo com ele, pela perspectiva no mercado e também porque o diretor de tecnologia da informação raramente consegue chegar ao topo e se tornar presidente de uma companhia.

Fonte: cio.uol

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Executivo cria metodologia para acelerar a recolocação profissional



CIO/EUA
Publicada em 12 de fevereiro de 2010 às 08h00


Depois de 11 meses em que deixou a posição de CIO da rede norte-americana de academias de ginástica Club One, Henry Hirschel foi contratado como diretor de TI da fabricante de soluções para telecom NextG Networks. A história do executivo poderia ser mais uma de tantas no mercado se ela não tivesse uma peculiaridade: Hirschel criou uma metologia para acelerar seu processo de recolocação profissional.
Com o intuito de reduzir a ansiedade natural que um executivo desempregado tem quando dispara seu currículo no mercado e não recebe o retorno, ele decidiu utilizar a internet – por meio de seu site pessoal, blog e LinkedIn – para monitorar o interesse de potenciais empregadores. O principal objetivo era identificar quem estava checando seus dados na Web e, com isso, descobrir se alguma das empresas para as quais ele tinha se apresentado estava interessada nele.
Outra estratégia foi permanecer em evidência na internet. Para tanto, Hirschel criou uma disciplina de sempre manter seu blog e seu site atualizado com textos interessantes e participar ativamente das comunidades no LinkedIn. Com isso, segundo ele, em pouco tempo, as ferramentas de busca na internet passaram a citar seus conteúdos sempre que as pessoas digitavam termos como “Henry Hirschel”, “balanced scorecard” e “melhoria de processos”.
Também como resultado de sua maior participação no LinkedIn, o executivo conta que conseguiu expandir sua rede de contatos, uma vez que mais pessoas demonstrarm interesse em fazer parte do seu círculo de amigos virtuais e ele passou a investir em um relacionamento mais intenso com esses profissionais.
“A rede de contatos realmente é o meio mais eficaz de se recolocar no mercado”, afirma Hirschel. Prova disso é que ele foi informado da vaga na sua companhia atual por uma executiva que conheceu em uma rede social. Ela estava pleiteando o cargo de diretora de recursos humanos na NextG Networks e, durante a entrevista de emprego, a responsável pela seleção a informou de todas as outras posições em aberto na organização. Quando soube que o posto de diretor de TI estava vago, logo lembrou de Hirschel, entrou em contato com ele, que enviou o currículo à empresa e, depois de algumas etapas de processo seletivo, foi contratado em 14 de dezembro de 2009.

Fonte: cio.uol

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Por que os gestores falham no uso do marketing pessoal

A construção de uma imagem positiva dentro da empresa representa uma das principais dificuldades enfrentadas pelos CIOs no que diz respeito ao desenvolvimento de carreira. Mesmo reconhecendo a importância do marketing pessoal na evolução profissional, os gestores de TI geralmente têm dificuldades em praticar ações para desenvolver essa habilidade no seu dia-a-dia.
De acordo com a especialista em imagem profissional e fundadora da consultoria de carreira Aspire, Randi Bussin, o interesse dos CIOs pelas técnicas de marketing pessoal aumentou nos últimos anos. Muito dessa preocupação deve-se ao fato de que houve um enxugamento das vagas disponíveis para gestores de TI, ao mesmo tempo em que os profissionais de áreas de negócio passaram também a ser vistos como aptos para responder pelo departamento de tecnologia.
Para a autora do livro “You are a Brand” (lançado em português como “Você é a Marca”), Catherine Kaputa, a imagem que um profissional passa a seus interlocutores é tão ou mais importante do que seu currículo. “Isso porque, no mundo corporativo, as habilidades muitas vezes vistas como secundárias são aquelas que realmente levarão alguém ao sucesso”, afirma a especialista.
Catherine explica que essas capacidades menores - as quais incluem saber gerenciar pessoas, cativar colegas de trabalho, a forma de se relacionar com superiores e subordinados - são o verdadeiro caminho para alcançar os objetivos profissionais. “Bons currículos muitos podem ter, mas a credibilidade transmitida durante uma entrevista ou apresentação é insubstituível”, analisa a autora.
Quanto aos obstáculos para os CIOs terem um marketing pessoal adequado, as especialistas elencam um conjunto de fatores que podem atrapalhar esses profissionais:
1. Alguns não gostam de admitir que questões práticas podem influenciar o avanço de suas carreiras. “Muitos dos profissionais de tecnologia frustram-se ao notar que hoje as regras acadêmicas não levam ao sucesso no ambiente corporativo”, diz Catherine. Ela defende que na escola esses gestores deparavam-se com a realidade de que, se estudassem bastante, seriam reconhecidos. No entanto, segundo a especialista, no trabalho a inteligência não basta para determinar o sucesso.
2. Eles não gostam da ideia de que a aparência é importante. Concordando ou não, a imagem de uma pessoa é estritamente ligada a sua aparência. “Existem estudos comprovando que a maneira como as pessoas são vistas pelas outras podem determinar se conseguirão um emprego, ou não, por exemplo”, afirma Catherine, que complementa: “Quem quiser ser um vice-presidente de tecnologia deve ter em mente que representará a empresa perante os diversos públicos com o qual ela se relaciona e, por isso, deverá estar muito bem arrumado.”
3. Eles não enxergam o todo, no que diz respeito a si mesmo. Segundo Randi, para alguns CIOs é extremamente difícil identificar quais são seus pontos fortes que devem ser destacados na construção da marca pessoal. “Eles precisam ser tão detalhistas no dia-a-dia que se tornam destreinados no momento de olhar para o todo”, afirma ela.
4. Muitos não gostam de se promover. A autopromoção, que representa uma das chaves do marketing pessoal, é natural para algumas pessoas, mas não para os gestores de TI. Eles precisam entender como comunicar suas habilidades e demonstrar que geram vantagem competitiva às empresas nas quais atuam.

Fonte: cio.uol