segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Google punirá na web empresas que tratarem mal seus clientes


O Google anunciou na quarta-feira (1) que desenvolveu um novo algoritmo que penaliza, automaticamente em seu sistema de buscas, as empresas que tratam mal seus clientes.

A decisão é uma reposta a uma reportagem do jornal americano "The New York Times". Segundo a matéria, uma empresa conseguiria registrar ascensão nas buscas do Google impulsionada pelo elevado número de críticas negativas.
“A principal premissa da reportagem foi de mostrar que ser mau na internet pode ser bom para o negócio”, explicou o engenheiro-chefe do Google, Amit Singhal. Ele acrescentou que sua equipe se “horrorizou” ao conhecer a história. O jornal relatou que as queixas dos usuários na web favoreciam a visibilidade das companhias no Google, uma notoriedade que atraía novos clientes.

A modificação, que foi qualificada de “solução inicial”, prejudica a posição no ranking do Google de companhias citadas na reportagem, assim como a de outras “centenas” que, na opinião da empresa, “oferecem aos usuários uma experiência extremamente pobre”.


Fonte: g1.globo.com

domingo, 7 de novembro de 2010

Mais uma do Érico Veríssimo

Eu tomo um remédio para controlar a pressão.
Cada dia que vou comprar o dito cujo, o preço aumenta.
Controlar a pressão é mole. Quero ver é controlar o preção.
Tô sofrendo de preção alto,
O médico mandou cortar o sal.
Comecei cortando o médico, já que a consulta era salgada demais.
Para piorar, acho que tô ficando meio esquizofrênico. Sério!
Não sei mais o que é real.
Principalmente, quando abro a carteira ou pego extrato no banco.
Não tem mais um Real.
Sem falar na minha esclerose precoce. Comecei a esquecer as coisas:
Sabe aquele carro? Esquece!
Aquela viagem? Esquece!
Tudo o que o barbudo presidente prometeu? Esquece!
Podem dizer que sou hipocondríaco, mas acho que tô igual ao meu time:
- nas últimas.
Bem, e o que dizer do carioca? Já nem liga mais pra bala perdida...
Entra por um ouvido e sai pelo outro.

Faz diferença...
"A diferença entre o Brasil e a República Checa é que
a República Checa tem o governo em Praga
e o Brasil tem essa praga no governo"

Luiz Fernando Verissimo

Não tem nada pior do que ser hipocondríaco num país que não tem remédio . 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Seis coisas que odiamos na web

Vivemos em um mundo tecnológico profundamente paradoxal. Posso guardar mais álbuns no meu bolso, com um iPod, do que jamais caberia em minha estante de CDs; é possível ouvir estações de rádio do mundo inteiro na Internet, enquanto estou no ônibus, e, ao mesmo tempo, baixar canções, legalmente, por menos de um dólar - tudo em uma única, e elegante, interface do smartphone. No entanto, ao procurar a letra de uma música – tarefa das mais simples – indubitavelmente serei bombardeado com anúncios que ocupam a tela inteira, vídeos que tocam sem eu pedir, e links para o download de toques de celular.
Inconveniências que existiam nos primórdios da Internet foram abandonadas, como letras que piscam, pop-ups insistentes e musiquinhas de fundo que não podem ser interrompidas. Não obstante, a batalha por uma rede mundial mais sã continua; ainda há muito de arcaico, e perturbador, na moderna Web 2.0. 
1. Sites de download enganadores
Se eu visito um portal desses, é óbvio que estou à procura de um arquivo para baixar. Entendo que a banda necessária para hospedá-lo não é gratuita, portanto, não me incomodo com os anúncios em tela cheia que vêm em minha direção. Fecho-o e já avisto um botão grande: “Download Here”.
É uma armadilha! Clico nele e uma grande janela de propaganda aparece. Elimino-a, e lá está: um ícone azul e a palavra download. Olho-o por um instante e concluo: “Ah, mais uma cilada, nada de cliques para você”. Ao lado, um quadrado laranja com o “Download Here” de antes; é esse.
Esqueci de digitar o CAPTCHA – código que serve para evitar que robôs acessem o sistema. Certo, tentarei de novo. Encontrei o arquivo que quero, só preciso clicar no botão e... não, não é esse; eu não quero uma conta Premium. Seleciono “voltar” no navegador. Ah, finalmente, aí está: o botão certo, logo ao lado do Premium. Pronto, agora é só esperar uns 45 segundos e não me distrair, pois, caso demore a clicar no último ícone, terei que fazer tudo de novo. O que eu queria baixar mesmo?
2. Vídeos anexados
No Gmail Chat está a forma correta de anexar vídeos. Por outro lado, o YouTube já tem mais de cinco anos e ainda não nos ofereceu uma maneira eficiente de completar essa tarefa. Principalmente para os iniciantes, o portal de vídeos deveria seguir esse padrão: copio a URL da página para um e-mail, um tuite, ou qualquer outra caixa de texto, e a mídia aparece no conteúdo postado; como no Gmail Chat.
Todos os outros estão errados. Alguns sites convertem a URL corretamente, alguns exibem um código para a indexação, e existem aqueles que não a permitem. Só dá para saber qual é o método por tentativa e erro. Uma confusão.
3. Cookies de terceiros
Esses daí podem incomodar. Você já deve saber que os cookies também são usados para que uma determinada entidade possa monitorar a sua atividade na Internet. Assim, redes de publicidade descobrem quais são os seus interesses, exibindo anúncios que condizem com eles.
O modo mais fácil de escapar da ameaça é desabilitando o armazenamento desses arquivos. No entanto, eles servem para muitas coisas úteis, e um grande número de extensões depende deles para funcionar corretamente, tanto no Firefox quanto no Chrome. Logo, se correr o bicho pega e se ficar...
4. Anúncios que dançam e cantam
No primeiro exemplo, o mouse, acidentalmente, acaba passando por um anúncio no topo da tela. Não só ele cresce, como também começa a tocar um vídeo ou uma música. Por ser tão difícil de evitá-lo, acabo clicando nele sem querer. Isso já ocorreu centenas de vezes; em todas, minha insatisfação com o som que sai das caixinhas foi enorme.
No segundo exemplo, eu nem percebo que abri um site que possui uma dessas peças publicitárias. Já estou em outra aba quando noto que uma música está tocando. De onde vem? Eu não abri nenhum arquivo musical, nenhum vídeo. Demora um tempo até que eu reconheça a origem, e vou de janela em janela procurando o anúncio para poder fechá-lo.
Por favor, publicitários, esperem pelo clique antes de exibir um filme ou iniciar uma narração; ao levar o mouse até o espaço da propaganda, isso não significa que estou interessado, mas, ao selecioná-lo, aí sim, vocês podem comemorar que conseguiram o que queriam.
5. Sugestões de contas a seguir no Twitter e amigos no Facebook
Eu entendo. São redes sociais e se você é novo nelas é muito mais fácil adicionar alguns amigos e, depois, ir selecionando as sugestões que o portal lhe dá. De fato, chega a ser conveniente.
No entanto, para quem está no Facebook há um tempo, essa lista passa a ser uma coleção de conhecidos com os quais não quero contato. Convenhamos, se você e um outro têm 100 amigos em comum e, mesmo assim, não se adicionaram na rede, existe um motivo para isso, algo que a rede de Zuckerberg é incapaz de entender.
6. Sites que tocam vídeo e áudio automaticamente
Essa é similar à reclamação dos anúncios. Em geral, ao visitar um site de notícias, por exemplo, escolho as manchetes que mais me interessaram e as abro em abas diferentes. Quando um barulho que não me é familiar começa, tenho que investigar página por página para ver qual é a responsável. Veja bem, se eu quiser assistir a um vídeo, eu clicarei nele; o conteúdo não precisa iniciar automaticamente, sou capaz de fazê-lo tocar por conta própria.

As carreiras do momento no mercado de TI

O mercado de computação em nuvem e de aplicações em plataformas móveis são listados nos rankings das principais tendências de tecnologia há algum tempo, mas só a partir de 2011 esses segmentos devem realmente decolar. Com isso, os recrutadores já buscam preparar as melhores equipes para esse movimento.
Uma pesquisa anual da IBM em todo o mundo identificou que profissionais com habilidades em cloud computing e mobilidade serão os mais procurados nos próximos cinco anos. Dentre os dois mil profissionais de TI ouvidos, 91% esperam que a computação em nuvem supere as infraestruturas tradicionais como modelo primário de entrega de computação até 2015.
Além disso, 55% acreditam que, no mesmo prazo, as aplicações para dispositivos móveis superam os modelos tradicionais de desenvolvimento para PCs e servidores. Com essas crenças, é natural que as expertises nessas áreas sejam as mais buscadas.
Como efeito colateral, os profissionais de data centers, que empregam milhares de pessoas, devem se preocupar em adquirir um grande número de novas habilidades relacionadas aos novos conceitos. “A automação de tarefas reduz a necessidade de expertise em instalação de tecnologias e de aplicações, já que os fornecedores entregam produtos completos e integrados. Isso vai exigir uma mudança de área de uma boa parcela dos profissionais atuais”, avalia o gerente global de canais da IBM, Bob Getchell.
Getchel afirma que os funcionários dessas áreas devem aprender a projetar catálogos de serviços, definir templates de oferta, além de escrever fluxos de trabalho técnicos e de negócios para automatizar requisições de serviços.
No campo das aplicações, os profissionais terão de entender como as várias plataformas móveis são construídas e mudar a metodologia de desenvolvimento. Segundo o vice presidente de relações com desenvolvedores de software da IBM, Mark Hanny, entender a experiência do usuário é mais importante do que nunca no campo móvel. Outro conhecimento imprescindível será HTML5, elemento fundamental para a mobilidade.

Outras oportunidades
Além de computação em nuvem e desenvolvimento de aplicações móveis, os profissionais pesquisados pela IBM esperam que mídia social e soluções analíticas e de BI (business intelligence) ofereçam oportunidades para crescimento na carreira de TI e um emprego seguro.
Quanto às indústrias com maior potencial de contratação, entram telecomunicações, serviços financeiros, saúde e energia. A pesquisa indica que nove em cada dez profissionais acreditam que os profissionais de TI precisam ter conhecimentos específicos da indústria que pretendem atuar e que esse fator se tornou mais crítico do que nunca em áreas técnicas. Apesar disso, somente 63% julgam que possuem esse conhecimento necessário para se manterem competitivos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Orgulho de ser do Sul do Brasil

Um pouco de Arnaldo Jabor :

Se todos nós amássemos o nosso País como os sulistas, o Brasil seria outro...
O Brasil tem milhões de brasileiros que gastam sua energia distribuindo
ressentimentos passivos.

Olham o escândalo na televisão e exclamam 'que horror'.

Sabem do roubo do político e falam 'que vergonha'.

Vêem a fila de aposentados ao sol e comentam 'que absurdo'.

Assistem a uma quase pornografia no programa dominical de televisão
e dizem 'que baixaria'.

Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram 'que medo'. E pronto!
Pois acho que precisamos de uma transição 'neste país'.
Do ressentimento passivo à participação ativa'.

Pois recentemente estive em Porto Alegre , Caxias do Sul, Florianópolis, Joinville, Foz do Iguaçu e Curitiba, onde pude apreciar atitudes com as quais não estou acostumado, ainda mais um paulista/paulistano que sou.

Um regionalismo que simplesmente não existe na São Paulo que, sendo de todos, não é de ninguém. No Paraná, palestrando num evento da FAE, uma surpresa.

Abriram com o Hino Nacional.

Todos em pé, cantando.

Em seguida, o apresentador anunciou o Hino do Estado do Paraná.

Fiquei curioso. Como seria o hino?

Comentei com um senhor ao meu lado, e ele disse que em todas as partidas de futebol no estado, o hino estadual também é executado.

Começa a tocar e, para minha surpresa, quase todos cantam a letra:

“Entre os astros do Cruzeiro!
És o mais belo a fulgir,
Paraná serás luzeiro, Avante para o porvir!
A glória, Santuário..
Que o povo aspire e que idolatre-a...
E brilharás com brilho vário,
Estrela rútila da Pátria,
Pela vitória do mais forte,
Lutar, lutar, chegada é a hora!"


Na semana seguinte, em um belo evento que palestrei na Sindirádio em Porto Alegre , pós Hino Nacional Brasileiro, toca-se o Hino do Estado do Rio Grande do Sul:

“Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o vinte de setembro
o precursor da liberdade”


Em seguida um casal, sentado do meu lado, prepara um chimarrão. Com garrafa de água quente e tudo. E oferece aos que estão em volta. Durante o evento, a cuia passa de mão em mão, até para mim eles oferecem.

E eu fico pasmo. Todos colocando a boca na bomba, mesmo pessoas que não se conhecem. Aquilo cria um espírito de comunidade ao qual eu, paulista, não estou acostumado.

Desde que saí de Bauru, nos anos setenta, não sei mais o que é 'comunidade'.

Fiquei imaginando quem é que sabe cantar o hino de São Paulo.

Aliás, você sabia que São Paulo tem hino? Que o Rio de Janeiro tem hino? Pois é...

Foi então que me deu um estalo.

Sabe como é que os 'ressentimentos passivos' se transformarão em participação ativa?

De onde virá o grito de 'basta' contra os escândalos, a corrupção e o deboche que tomaram conta do Brasil?

De São Paulo é que não será.

Esse grito exige consciência coletiva, algo que há muito não existe em São Paulo e Rio de Janeiro.

Os paulistas e cariocas perderam a capacidade de mobilização. Não têm mais interesse por sair às ruas contra a corrupção.

São Paulo é um grande campo de refugiados, sem personalidade, sem cultura própria, sem 'liga'.

Cada um por si e o todo que se dane.

E isso é até compreensível numa cidade com 12 milhões de habitantes.

Penso que o grito - se vier - só poderá partir das comunidades que ainda têm essa 'liga'. A mesma que eu vi em Curitiba e Porto Alegre.

Algo me diz que mais uma vez os brasileiros apaixonados do sul é que levantarão a bandeira. Que buscarão em suas raízes a indignação que não se encontra mais em São Paulo , Rio, etc.

Que venham, pois. Com orgulho me juntarei a eles.

De minha parte, eu acrescentaria, ainda: '...Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra...'

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Google analytics

O Google Analytics é a solução de análise da web de cunho empresarial que fornece a você uma ótima visibilidade do tráfego e da eficiência do marketing do seu website. Recursos avançados, flexíveis e fáceis de usar permitem que você veja e analise dados de tráfego de uma maneira totalmente nova. Com o Google Analytics, você se prepara melhor para compor anúncios mais bem segmentados, fortalecer suas iniciativas de marketing e criar websites que geram mais conversões.

Para acessá-lo é necessário ter uma conta no google. Acesse pelo endereço www.google.com/analytics.


Lá na página, o google pedirá pra você indicar quais páginas do seu site deverão ser analisadas. Depois fornecerá um script JavaScript que deverá ser adicionado em cada uma das páginas indicadas.


Finalmente o google fará um teste de acesso a essas páginas e concluirá a instalação. Logo depois disso você poderá acompanhar a análise de acessos às suas páginas.


E isso sem pagar nada, é claro..

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Empresas estimulam profissionais de TI a ampliarem conhecimentos

As corporações reconhecidas pelo desenvolvimento de excelentes planos de carreira para seus profissionais – como o caso de Johnson & Johnson e Xerox – têm buscado um novo perfil para os funcionários de TI. Essas organizações dão prioridade para pessoas com perfil colaborativo e que estejam dispostas a trabalhar em diferentes áreas da empresa e não apenas no departamento de tecnologia.
"Acredito que contratar funcionários para um trabalho único e exclusivo é uma ideia do passado", afirma CIO da Johnson & Johnson, LaVerne Council. Em vez disso, ele e outros gestores de TI têm focado no desenvolvimento de programas de job rotation (rotação de trabalhos), com o intuito de oferecer a experiência em diferentes setores da organização. "Nós temos um processo de gestão de talentos, no qual ajudamos nossos funcionários a direcionar a carreira em diferentes funções, de negócios até tecnologia", explica o CIO da fornecedores de produtos industriais WW Grainger, Tim Ferrarell.
Até o momento, essa estratégia parece estar funcionando. Ferrarel, por exemplo, começou na Grainger em gerenciamento de propaganda e produtos, mudou-se para marketing e estratégia e, há sete anos, atua no departamento de tecnologia. O mesmo aconteceu com Jim Ryan, atual CEO da Grainger, que anteriormente exerceu a função de CIO.
Na Xerox, a tendência é similar. O executivo que comandou a transformação da companhia – de uma fornecedora de hardware para uma prestadora de serviços – é ex-gerente do portfólio de aplicações. "O muro anteriormente impenetrável entre o departamento de TI e de negócios tornou-se permeável", brinca o CIO da fabricante, John McDermott.
Na indústria alimentícia General Mills, a estratégia de carreira gira em torno de contratar os melhores e mais brilhantes profissionais e, em seguida, mantê-los engajados para trabalhar o resto de suas carreiras com a empresa, que faturou 14,8 bilhões de dólares em 2009.
O tempo médio de permanência na General Mills é de cerca de 13 anos para os profissionais de TI em geral e de 16 anos para um gerente de TI. A rotatividade é inferior à média da indústria, que é de 5%. Igualmente notável é que mais de 15% dos funcionários de tecnologia da empresa têm MBA.
"Estamos procurando maneiras de atrair pessoas talentosas e que queiram ficar bastante tempo na empresa. Quando vamos contratar alguém, realmente queremos que ela pertença à nossa organização", diz Chris Perretta, CIO da State Street.
 Fonte:  Computerworld

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Como explicar ao filho como nascemos...

Como contar aos filhos dessa nova geração a mais antiga das questões: “de onde vem os bebês?”

- Pai, como é que eu nasci?
- Muito bem, tínhamos de ter essa conversa um dia…
- O que aconteceu foi o seguinte: eu e sua mãe nos conhecemos e nos encontramos num chat desses da web, para conversar…
- O papai marcou uma Interface com a mamãe num Cybercafé e acabamos Plugados no banheiro dele.
- A seguir, a mamãe fez uns Downloads no Joystick do papai e, quando estava tudo pronto para a Transferência de Arquivo, descobrimos que não havia qualquer tipo de Firewall conosco.
- Como era tarde demais para dar o Esc, papai acabou fazendo o Upload de qualquer jeito com a mamãe e, nove meses depois… apareceu você…….. o Vírus…

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

SWAT - Gerenciamento web para o Samba

O Swat é uma ferramenta web para configuração e gerenciamento do Samba. Pra que ficar alterando o Samba via linha de comando se podemos fazê-lo diretamente através de uma interface web...


Instalação pelo apt-get:
apt-get install swat

Depois acrescente a linha no /etc/inet.d:

swat            stream  tcp     nowait.400      root    /usr/sbin/tcpd  /usr/sbin/swat
Reinicie o inetd:
/etc/init.d/inetd restart 

E pronto.. para acesar o swat acessa pela porta 901:
http://localhost:901
Ao acessar, será solicitado um login/senha de um usuário válido do Linux.

Quando o Linux não levanta a interface de rede

Certa vez tive um problema quando tentei instalar uma terceira placa de rede e não deu certo. Até então havia utilizado no máximo duas placas de rede, mapeadas em eth0 e eth1 e nunca uma terceira placa. Com duas o Linux mapeou certinho, podendo levantá-las ou baixá-las com ifconfig, mas com 3 placas, apesar de conhecer a terceira, não foi possível utilizar sua interface (eth2, eth3, …) com ifconfig.
Através do comando
lspci, observei que as três placas foram reconhecidas normalmente, sendo 2 onboard (placa ASUS) e uma offboard (3COM), como mostra a saída do comando abaixo:

$ lspci | grep Ethernet

02:00.0 Ethernet controller: Marvell Technology Group Ltd. 88E8056 PCI-E Gigabit Ethernet Controller (rev 12)
05:00.0 Ethernet controller: 3Com Corporation 3c905B 100BaseTX [Cyclone] (rev 30)
05:02.0 Ethernet controller: Marvell Technology Group Ltd. 88E8001 Gigabit Ethernet Controller (rev 14)
Pesquisando na internet, descobri que as informações persistentes sobre rede (as placas) são guardadas no arquivo /etc/udev/rules.d/70-persistent-net.rules. Talvez mude em uma versão posterior ou em outra distribuição, mas é fácil descobrir qual o arquivo:

$ cd /etc/udev/rules.d
$ ls *net.rules*

O comando mostra o arquivo utilizado.
Nesse arquivo estão mapeadas todas as placas de rede reconhecidas pelo Linux, inclusive firewire. Conteúdo do arquivo:

$ cat 0-persistent-net.rules
# PCI device 0x11ab:0x4364 (sky2)
SUBSYSTEM=="net", ACTION=="add", DRIVERS=="?*", ATTR{address}=="00:24:8c:a4:04:72", ATTR{type}=="1", KERNEL=="eth*", NAME="eth0"

# PCI device 0x11ab:0x4320 (skge)
SUBSYSTEM=="net", ACTION=="add", DRIVERS=="?*", ATTR{address}=="00:24:8c:a4:03:dc", ATTR{type}=="1", KERNEL=="eth*", NAME="eth1"

# Firewire device  (nodemgr)
SUBSYSTEM=="net", ACTION=="add", DRIVERS=="?*", ATTR{address}=="00:1e:8c:00:01:e1:cc:91", ATTR{type}=="24", KERNEL=="eth*", NAME="eth2"

# PCI device 0x10b7:0x9055 (3c59x)
SUBSYSTEM=="net", ACTION=="add", DRIVERS=="?*", ATTR{address}=="00:50:04:22:62:16", ATTR{type}=="1", KERNEL=="eth*", NAME="eth1"
No arquivo acima estão, em ordem:


1 –> a primeira placa de rede onboard, mapeado como eth0;

2 –> a segunda placa de rede onboard, mapeado como eth1;

3 –> uma placa firewire onboard, mapeado como eth2;

4 –> a terceira placa de rede offboard, mapeado como eth1.



Esse arquivo é atualizado automaticamente pelo Linux quando uma nova placa de rede é inserida no micro. O erro que ocorreu foi que a partir da terceira, ele sempre atribui a interface eth1!!
Para corrigir isso, basta atribuir manualmente a interface correta, que nesse caso eu coloquei
eth3:
# PCI device 0x11ab:0x4364 (sky2)
SUBSYSTEM=="net", ACTION=="add", DRIVERS=="?*", ATTR{address}=="00:24:8c:a4:04:72", ATTR{type}=="1", KERNEL=="eth*", NAME="eth0"

# PCI device 0x11ab:0x4320 (skge)
SUBSYSTEM=="net", ACTION=="add", DRIVERS=="?*", ATTR{address}=="00:24:8c:a4:03:dc", ATTR{type}=="1", KERNEL=="eth*", NAME="eth1"

# Firewire device  (nodemgr)
SUBSYSTEM=="net", ACTION=="add", DRIVERS=="?*", ATTR{address}=="00:1e:8c:00:01:e1:cc:91", ATTR{type}=="24", KERNEL=="eth*", NAME="eth2"

# PCI device 0x10b7:0x9055 (3c59x)
SUBSYSTEM=="net", ACTION=="add", DRIVERS=="?*", ATTR{address}=="00:50:04:22:62:16", ATTR{type}=="1", KERNEL=="eth*", NAME="eth3"
Isso também pode ser utilizado para trocar a interface de rede entre as placas, mudando de eth0 para eth1, ou vice-versa, entre as placas de rede instaladas.
Foi preciso reiniciar a máquina para que as alterações tenham efeito. 

quinta-feira, 10 de junho de 2010

As 13 perguntas mais clássicas de entrevista de emprego

São Paulo – A entrevista é a etapa mais importante de um processo de seleção. É o momento em que, olhando nos olhos do candidato, o recrutador consegue comprovar intuições e tirar todas dúvidas possíveis. Só depois disso, ele estará apto para bater o martelo sobre a contratação ou não.
“Essa é a hora da verdade. O candidato tem que fazer de tudo para encantar o recrutador”, diz Irene Azevedo, da consultoria DBM. Vencer a ansiedade e responder as expectativas do recrutador ao mesmo tempo não é tarefa fácil.
Por isso, conversamos com os principais headhunters do país para descobrir as perguntas mais tradicionais durante uma entrevista de emprego e quais as melhores maneiras para respondê-las. Confira.
1.Por que você está mudando de emprego?
Essa é a primeira pergunta entre as mais perigosas em uma entrevista de emprego. Por isso, é preciso extrema cautela para respondê-la. O candidato que decidir soltar o verbo contra o emprego anterior cai em descrédito logo de início.
“Isso soa mal. Passa a impressão de um profissional intransigente que, na primeira mudança de rota, prefere uma movimentação”, afirma Eduardo Baccetti, sócio-diretor da consultoria de recrutamento 2GET.
De acordo com Priscila de Azevedo Costa, coordenadora do programa de Carreira do grupo Veris, o caminho para conversar sobre essa questão de uma maneira convincente é remeter para o atual momento de carreira e para os próprios planos para o futuro.
2.Por que você foi demitido?
Uma das principais saias justas em uma entrevista de emprego é quando o recrutador, sem nenhum pudor, busca saber o contexto em que o candidato foi desligado da empresa anterior. O assunto é delicado e exige muito jogo de cintura do candidato. A melhor estratégia, segundo os especialistas, é ser sincero. E, em alguns casos, recorrer a um tom mais eufemista.
Nesse contexto, por exemplo, “o candidato pode dizer que divergia estrategicamente do direcionamento da empresa”, exemplifica Irene. Ou, “admitir que estava em um momento em que não podia contribuir totalmente para as necessidade da empresa”, diz Priscila. O importante, segundo ela, é tomar cuidado para não prejudicar a própria imagem ou falar mal da companhia.
3.Por que quer trabalhar aqui?
Não vale responder que esse era o seu sonho de infância. Por isso, é fundamental estudar sobre os valores da empresa antes da entrevista e mostrar para o recrutador que seu plano de carreira está alinhado com essa visão.
“O candidato tem que ter muita consciência das suas próprias realizações e intenções”, diz Irene. “E, a partir disso, saber contar muito bem sua história”.
4.Quais suas principais realizações ao longo da carreira?
Para responder a perguntas como essa, é preciso fazer uma avaliação profunda sobre sua evolução na carreira antes da entrevista. Afinal, segundo os especialistas, esse tipo de tópico demanda informações precisas sobre os fatos que tornaram seu passado profissional memorável. “Se eu não tiver resultados que suportem e comprovem meus pontos fortes, não irá adiantar nada”, afirma Irene.
5.Quais seus principais fracassos?
Aqui a proposta do recrutador é entender como você reage diante de situações difíceis. Por isso, não tenha medo de relatar os problemas que você já enfrentou em outros empregos. Foque, contudo, na maneira como conseguiu driblar as dificuldades e nas lições que tirou de cada situação. A, ideia, segundo os especialistas é tentar mostrar que os fracassos, no fim, contribuíram para seu amadurecimento na carreira.
6.Quais seus pontos fortes?
Elencar as próprias qualidades nem sempre é uma tarefa fácil. No entanto, saber falar sobre isso de uma maneira elegante é essencial durante uma entrevista de emprego. Lembre-se que este é o momento para mostrar ao recrutador que você tem as características necessárias para o cargo em questão. Contudo, cuidado para não cair no narcisismo vazio. “Ele precisa mostrar exemplos práticos dessas qualidades”, afirma Priscila.
7.Que pontos em seu comportamento ainda precisam ser desenvolvidos?
Para responder a tradicional pergunta sobre defeitos, boa parte dos candidatos recorrem ao macete clássico de se definir como um profissional perfeccionista. “Todo mundo quer transformar uma qualidade excessiva num defeito”, afirma Priscila.
Segundo ela, diante desse clichê, os recrutadores logo ficam com um pé atrás. Agora, se você realmente é perfeccionista, a dica é dar um exemplo prático que prove essa característica. E, para mostrar que está sendo sincero, conte sobre outro defeito. Mas, cuidado para não dar um tiro no pé. “Escolha uma questão que não atrapalhe muito sua eficiência no trabalho e contextualize”, diz Priscila.
8.Quais são suas motivações?
O objetivo do recrutador com esta questão é avaliar se o perfil do profissional é coerente com a estrutura da empresa. “Todo mundo precisa ser motivado para continuar a produzir bem”, diz Priscila. E ninguém quer contratar um profissional que, em poucos meses, perca o contentamento em trabalhar. Por isso, para seu próprio bem, não tente dissimular uma resposta padrão. Seja sincero consigo mesmo e mostre qual a empresa ideal para seu perfil.
9.Consegue trabalhar sob pressão?
Saber lidar com a pressão no mercado de trabalho é uma postura que exige tempo e aprendizado. Por isso, mostre para o recrutador exemplos práticos que comprovem que você consegue se dar bem em situações como essas. “Não responda apenas sim ou não. Sempre traga uma experiência que esclareça o que você quer contar”, diz Priscila.
10.Conte sobre sua família? O que faz nas horas vagas?
Os recrutadores hoje já entendem que vida profissional e pessoal estão, sim, ligadas. Por isso, com essa pergunta, a proposta é entender como a rotina pessoal influencia a dinâmica durante o horário do expediente. “Conforme a pessoa fala, queremos identificar quais os valores que ela tem”, explica Priscila. Segundo ela, o ponto não é tentar ser perfeito, mas mostrar como você administra os principais conflitos da vida.
11.Qual sua pretensão salarial?
A dica de Irene para esse momento da entrevista é tentar adiar ao máximo sua resposta. “Explique que o valor da sua remuneração só pode ser definido quando você entender todos os desafios do cargo”, explica. Se a justificativa não pegar e o recrutador insistir em uma resposta, conte qual era seu último salário.
12.Quais seus planos para o futuro?
Neste ponto, o recrutador quer identificar se sua estratégia de carreira está alinhada ou não com o ritmo da corporação. Nem sempre, contudo, é fácil ter na ponta da língua projetos para um futuro muito longínquo. Se esse for seu caso, não se desespere. Seja sincero e mostre consistência nos planos para médio e curto prazo.
13.Por que devo contratar você?
Essa pergunta requer extrema coerência do candidato com todas as informações que passou para o recrutador durante o processo de seleção. É, neste ponto, que ganha relevância, o profissional que souber fazer o melhor marketing pessoal. “O perfil pessoal acaba determinando muito, o brilho no olho, a vontade de ainda querer fazer”, diz Baccetti, da 2 GET.

Fonte: Exame.com

terça-feira, 18 de maio de 2010

Oito situações capazes de arruinar uma entrevista de emprego

O candidato chega a uma entrevista de emprego preparado e tem um início muito bom. A conversa flui suavemente e todas as coisas certas são ditas. De repente, vem a pergunta fatal, que ele não havia antecipado.
Nesse momento, muitas pessoas desmontam. Patinam na resposta e falham ao impressionar o recrutador. A confiança vai pro espaço e as chances de conquistar o emprego acabam definitivamente.
Seja uma pergunta surpresa ou outras situações complicadas, o candidato deve se preparar para o inesperado, pois são quase sempre elas que eliminam o profissional antes mesmo que o recrutador reflita sobre todas as entrevistas realizadas.
Para ajudar os candidatos a se anteciparem, recrutadores e especialistas em carreira descrevem oito situações que podem arruinar a oportunidade, com conselhos sobre como contorná-las com elegância e sagacidade.
1 – Você é pego desprevenido por perguntas impróprias ou ilegais.
Não é nada ético que recrutadores perguntem coisas como o estado civil do entrevistado e se ele tem filhos. Em alguns lugares, chega a ser contra a lei. Mas alguns recrutadores fazem e deixam o candidato em uma situação muito embaraçosa.
A coach de carreira Susan Whitcomb, autora de vários livros sobre gerenciamento de carreira, recomenda um processo de três passos ao responder a essas questões:
1 – Evite uma resposta direta à questão caso tenha alguma chance de prejudicar sua candidatura;
2 – Reflita rapidamente sobre a real intenção do recrutador ao realizar a pergunta;
3 – Dê uma resposta que atenda à possível expectativa do recrutador.
Quando questiona se o candidato é casado, por exemplo, o recrutador pode estar pensando em um estilo de vida que possa atrapalhá-lo no dia-a-dia do trabalho. Whitcomb sugere, por exemplo, que o usuário responda que está em uma relação sólida, com uma pessoa que dá apoio total na carreira e que dê exemplos sobre como a relação não atrapalhou empregos anteriores.
2 – Uma mancha na carreira do candidato entra em discussão
Muitos candidatos a emprego mostram alguma mancha em seu histórico de carreira, como uma demissão, uma passagem muito rápida em algum emprego ou até mesmo uma demissão por justa causa. A abordagem desse tema pode fazer toda a diferença.
De acordo com Whitcomb, tentar ocultar esses fatos deve estar fora de cogitação. “Responda as respostas que você mais teme e encontre respostas positivas para todas. Durante a entrevista, se antecipe ao esclarecer algumas dessas questões sobre posições de trabalhos anteriores”, sugere. Uma boa saída é mostrar o que aconteceu, dizer o que aprendeu com a situação e comprovar que não repetiria erros do passado.
3 – Uma resposta medíocre escapa
Não importa quanto o candidato se preparou para uma entrevista, pode acontecer de ter um branco e dar uma resposta insatisfatória. Nem tudo está perdido, no entanto. O candidato ainda terá a chance de voltar à questão mais tarde, diz a especialista em carreira do site Vault.com, Connie Thanasoulis-Cerrachio.
Connie relembra de uma entrevista em que deu uma resposta insatisfatória a uma pergunta inesperada, mas conseguiu contornar a situação 10 minutos depois. Ela lembrou de um projeto que faria parte de uma resposta satisfatória e perguntou se poderia voltar à questão anterior. O recrutador concordou e ela pôde consertar o erro.
4 – Respostas sem objetividade
Quando um candidato a emprego não sabe como responder determinada pergunta, ele costuma “enrolar” até que o recrutador desista daquela questão. Esse é um grande erro.
Se você perceber que está indo para esse caminho, pare. “Não há nada errado em dizer que não entendeu a pergunta ou que precisa de mais detalhes para conseguir respondê-la”, diz Connie.
A pausa para considerar uma questão de forma mais aprofundada também pode ser positiva, pois mostra ao recrutador que você tem a entrevista sobre controle. “Eu aprecio quando percebo que os candidatos entendem que estão perdendo o eixo e se estabilizam para retomar o controle”, afirma a recrutadora.
Como saber se você está dando voltas? Whitcomb diz que as respostas à maioria das entrevistas de emprego não deveriam tomar mais de dois minutos para serem articuladas. A exceção é quando a questão aborda temas comporamentais.
A estratégia recomendada é seguir uma sequência ao responder perguntas, no qual o candidato descreve a situação, métricas, ações, resultados e como tudo isso se adéqua ao valor que a empresa procura.
5 – O candidato não tem uma habilidade requerida
Há uma média de oito candidatos competindo por cada posição de emprego, de acordo com Whitcomb. Os empregadores podem se dar ao luxo de serem exigentes. As chances de você não ter todas as habilidades que são passadas aos recrutadores são grandes. De acordo com Whitcomb, isso significa que o candidato deve focar em mostrar ao recrutador que é aquilo que ele procura na pessoa que tem determinada habilidade, em vez de focar na habilidade em si.
Um exemplo simples: se o recrutador procura conhecimento em uma tecnologia que o candidato não possui, Whitcomb recomenda que o candidato questione o que deve ser alcançado com aquela experiência ou conhecimento específico e mostre que pode alcançar aquilo. O candidato pode falar de alguma situação na qual conseguiu bom desempenho trabalhando com uma tecnologia que não dominava antes de entrar no projeto.
6 – O candidato se desgasta
As entrevistas de emprego podem ser desgastantes físico e emocionalmente. Elas podem durar um dia todo, envolver questões intensas, com diversos tomadores de decisões, às vezes em diferentes salas e prédios. Tudo isso pode acabar com a energia do candidato.
Connie diz que, para manter a energia, a preparação prévia é muito importante: uma boa noite de sono e uma alimentação adequada durante o dia das entrevistas é fundamental. “O importante é se manter com energia para não baixar a guarda e qualquer medida que possa manter a energia em alta é bem vinda”.
E se alguém lhe abordar em momentos entre as atividades perguntando como estão as coisas, não mostre fragilidade. As chances de essa pessoa conversar com os recrutadores é grande.
7 – Problemas com o vestuário
Roupa inadequada e com problemas, como a falta de um botão, pode trazer emergências que vão tirar do candidato foco na entrevista e fazê-lo se preocupar com outras coisas. É sempre bom estar preparado para essas situações carregando meias extras, kit de costura e tudo o que for necessário para garantir a aparência.
8 – O celular toca
Você está no meio de perguntas complicadas e esquece o celular ligado. De acordo com a lei de Murphy, ele vai tocar, invariavelmente. Se acontecer, a melhor forma é desligar o telefone rapidamente e se desculpar pelo mal entendido. E tenha a certeza de que o fez resistindo à curiosidade de checar quem estava ligando.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Brasil paga 10 vezes mais por banda larga que países ricos

Parece brincadeira, e de mal gosto, mas não é. Nós, brasileiros, pagamos nada mais nada menos que dez vezes mais pelo preço da banda larga que cidadãos de países desenvolvidos, segundo estudo divulgado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Um estudo bastante abrangente, diga-se de passagem, embora o enorme gap revelado entre a disponibilidade de internet banda larga e o custo que pagamos seja esperado e não seja lá uma novidade (basta olhar em volta). Porém o que não deixa de assustar pela precisão dos números.

Segundo o estudo…
Enquanto na renda mensal dos brasileiros o gasto médio com banda larga no Brasil custava, proporcionalmente, 4,58% da renda mensal per capita de 2009, nos países desenvolvidos a mesma relação gravitava em torno de 0,5%quase dez vezes menor, segundo os dados apresentados. Na Rússia, o índice caía para menos da metade no período, ou 1,68%.
O IPEA apontou ainda três fatores que contribuem para tamanha disparidade entre os preços praticados de banda larga entre países pobres e ricos:
  • baixo nível de competição,
  • elevada carga tributária,
  • baixa renda da população
O Plano Nacional de Banda Larga, que prevê um acesso a internet por banda larga a um custo que gira em torno de R$30, ainda segue em discussão e deve vir somente em 2011. Seria de grande ajuda no sentido de democratização do acesso a um serviço tão básico para o cidadão do século 21.
Outros dados que são importantes considerar, conforme divulgados pelo estudo:
Segundo os técnicos do Ipea, o Brasil tem uma média de conexão de 1 Mbps (megabit por segundo), enquanto países como Japão e Coreia têm conexões de 100 Mbps. “Isso acontece por causa do uso de fibra óptica, que propicia velocidades mais altas”, afirmou Kubota.
Na divisão por velocidade de conexão, 34% das residências têm até 256 Kbps, enquanto 20% apresentam conexão entre 256 Kbps e 1 Mbps. Outros 15% possuem conexões entre 1 e 2 Mbps. Conexões entre 4 e 8 Mbps ou acima disso correspondem a apenas 2% da população. Outros 23% não souberam responder as velocidades.
É uma situação vergonhosa para um país que quer ser destaque positivo em termos de desenvolvimento, um líder na América Latina. Ainda mais para um país que espera grandiosos eventos como Olimpiadas e Copa do Mundo.
Ademais, a internet é a esteira do desenvolvimento da educação no cenário mundial. Negar internet tambem é negar educação. Do que adianta enormes investimentos em Educação a Distância se não temos infraestrutura para atender a demanda?
Todo o investimento feito nesse sentido tem retorno garantido, afinal, com mais conhecimento disseminado e redução dos custos dos processos educacionais, teremos um povo mais preparado para os desafios do futuro, que por sua vez retornará com maiores contribuições para o desenvolvimento do país. É um ciclo fabuloso!
Quando teremos de fato um acesso a internet de forma decente, sabemos apenas na teoria, até porque os políticos costumam se empolgar um pouco mais em véspera de eleições. Cabe a nós tomar cuidado com os candidatos que iremos votar. Agora é a hora de ficar ainda mais ligado nos planos de campanha de cada um, conhecer suas prioridades…não ter medo de mudar, se preciso for.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

As inovações silenciosas de TI nas empresas

O ano de 2009 não foi dos mais fáceis. Muitas empresas resolveram adiar uma já atrasada renovação de seus equipamentos de TI.
Outras, porém, com pensamento mais estratégico, mantiveram seus planos e ganharam competitividade em momento crítico, saindo fortalecidas do cenário de crise e prontas para aproveitar as novas oportunidades apresentadas pela retomada da economia.
Os líderes do mercado já entenderam que o investimento em tecnologia, quando bem aplicado, gera retornos espantosos em curto período de tempo.
Pare para pensar: quanto a tecnologia é importante para o seu negócio?
Quanto as suas operações são facilitadas quando você transporta para o ambiente digital tarefas que anteriormente precisariam ser executadas pelas mãos de seus funcionários?
E indiretamente: quantas das suas operações financeiras são executadas por computadores? Por quantos sistemas computadorizados seus produtos passam antes de chegarem às mãos dos clientes?
Tecnologia. Inovação. Revolução. Essas palavras estão virando sinônimos.
Isto porque a TI evolui a passos largos e rápidos. Em diversas direções ao mesmo tempo. Acompanhar esta evolução é um desafio longe de ser dos mais simples, motivo pelo qual diversas empresas, das grandes até as pequenas, em um breve momento de desatenção, perdem a competitividade e preciosas posições de mercado.
Os benefícios que as novas tecnologias trazem para as empresas hoje em dia são muito mais complexos e difíceis de quantificar. As mudanças são muitas vezes sutis, mas o impacto nos negócios não pode ser menosprezado.
Medir e comparar este impacto com o investimento feito nas soluções também não é tarefa das mais fáceis, pois são muitos os pontos a serem considerados.
Novas tecnologias trazem mais desempenho nas tarefas do dia-a-dia, mas elas também nos auxiliam ao abrir as portas para novas formas de trabalho, tais como a virtualização de máquinas e as aplicações em cloud computing.
Outro fator altamente importante é o consumo de energia. Um computador com três anos de uso pode gastar até 90% mais energia do que um PC atual com o mesmo nível de desempenho.
Multiplique este valor pelo tamanho do parque de máquinas da empresa e os benefícios econômicos e sociais tornam-se significativos.
Gerenciamento remoto também está evoluindo bastante e apresentando resultados sólidos na diminuição do downtime das máquinas e na aplicação de atualizações e instalação de novos aplicativos.
Estes são apenas alguns exemplos. A verdade é que existe uma verdadeira revolução silenciosa acontecendo dentro dos departamentos de TI das empresas.
As mudanças são discretas e sutis, mas seus efeitos e resultados têm o poder de transformar o dia-a-dia, a eficácia dos nossos negócios e até mesmo a maneira de nos relacionarmos.
É uma revolução baseada em inteligência, em todos os sentidos: em saber identificar todos os pontos onde a tecnologia pode ajudar os seus negócios e investir com inteligência e paixão pelo futuro.

Fonte: webinsider.uol.com.br

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Instalando o Oracle 11g no Debian 5.04

Linux versão 2.6.26-2-686
Oracle 11g Release 2

Pré-requisitos de hardware
Última instalação realizada em 06/04/2010. Configuração de hardware:
Processador Intel Dual Core 3.0 GHz, 6MB L2, 1333 MHz FSB;
Placa-mãe ASUS
HD SATA 160GB (2HDs)
8GB RAM
4GB SWAP


Oracle instalado na partição /ora , com sistema de arquivos XFS.

É interessante reservar uma partição somente para o diretório onde o Oracle será instalado e nessa partição, utilizar um sistema de arquivo mais adequado para banco de dados, como o XFS ou JFS.

Nesta instalação de testes, o banco foi instalado em /ora, o qual será explicado mais abaixo; porém nada impede que seja instalado em outro diretório, ou em /usr/local, onde é mais usado. Dependerá unicamente das permissões de acesso para o usuário oracle que será criado mais abaixo.
Instalando dependências
O primeiro passo consiste em instalar os pacotes usados pelo Oracle 11g. Dependendo a versão atual do Debian ou do intervalo entre uma instalação e outra, alguns pocotes podem ter versões atualizadas. Fique atento a essas mudanças de versões.

$ sudo apt-get install  alien cpp-4.3 debhelper g++-4.3 gawk gcc-4.3 gcc-4.3-base gettext \ 
html2text intltool-debian ksh lesstif2 libaio-dev libaio1 libbeecrypt6 libdb4.2 libelf-dev \
libelf1 libltdl3 libltdl3-dev libodbcinstq1c2 libqt4-core libqt4-gui librpm4.4 libsqlite3-0 \
libstdc++6 libstdc++5 libstdc++6-4.3-dev lsb lsb-core lsb-cxx lsb-desktop lsb-graphics \
lsb-qt4 odbcinst1debian1 pax po-debconf rpm sysstat unixodbc unixodbc-dev elfutils \ 
libebl-dev libefl1 pdksh

O pacote libmotif não foi encontrado em nenhum repositório, por isso foi instalado separadamente:
$ sudo dpkg -i libmotif3_2.2.3-1_i386.deb
 

Configurando ambiente Linux

Criando usuário e grupo Oracle
$ sudo groupadd oinstall
$ sudo groupadd dba
$ sudo groupadd nobody
$ sudo useradd -d /home/oracle -s /bin/bash -G dba -g oinstall -m oracle
$ sudo useradd -g nobody nobody
$ sudo passwd oracle
Para verificar:
$ id oracle

Criando diretórios

Durante a instalação do Debian, uma partição foi destinada especialmente para o Oracle, no diretório /ora:

$ sudo mkdir -p /ora/app/oracle
$ sudo mkdir -p /ora/oradata
$ sudo chown -R oracle.oinstall /ora
$ sudo chmod -R 775 /ora 

Criando links

O make usado no Oracle foi desenvolvido para RHEL, ficando em caminhos diferentes dos encontrados no Debian. Sendo assim, precisamos de links simbólicos para “fazer a passagem”…:

$ sudo ln -s /usr/bin/awk /bin/awk
$ sudo ln -s /usr/bin/rpm /bin/rpm
$ sudo ln -s /usr/bin/basename /bin/basename
$ sudo ln -s /etc /etc/rc.d

Parâmetros do Kernel

Edite o arquivo /etc/sysctl.conf e insira no final deste arquivo as alterações abaixo:
 
#Parâmetros ORACLE 11g
kernel.shmall = 2097152
kernel.shmmax = 536870912
kernel.shmmni = 4096
kernel.sem = 250 32000 100 128
fs.file-max = 65536
net.ipv4.ip_local_port_range = 1024 65000
net.core.rmem_default=4194304
net.core.wmem_default=262144
net.core.rmem_max=4194304
net.core.wmem_max=262144
 
Edite o arquivo /etc/security/limits.conf e insera as configurações abaixo:

#Parâmetros ORACLE 10g
*        soft    nproc   2047
*        hard    nproc   16384
*        soft    nofile  1024
*        hard    nofile  65536

Adicione a linha abaixo em /etc/pam.d/login:
 
session    required     /lib/security/pam_limits.so

Adicione a linha abaixo em /etc/pam.d/su:
 
session    required     /lib/security/pam_limits.so

Adicione em /etc/profile:
if [ $USER = "oracle" ]; then
    if [ $SHELL = "/bin/ksh" ]; then
          ulimit -p 16384
          ulimit -n 65536
    else
          ulimit -u 16384 -n 65536
    fi
fi
 

Variáveis de ambiente

Essas variáveis de ambiente serão criadas para o usuário oracle. Logado como oracle, faça as alterações abaixo:
Adicione ou descomente em ~/.bash_profile:

umask 022 

E adicione também em ~/.bash_profile:

ORACLE_BASE=/ora/app/oracle
ORACLE_HOME=$ORACLE_BASE/product/11.2.0
ORACLE_SID=sagu
 
export ORACLE_BASE
export ORACLE_HOME
export ORACLE_SID

Exporte as variáveis de ambiente:

$ ORACLE_BASE=/ora/app/oracle; export ORACLE_BASE
$ ORACLE_HOME=$ORACLE_BASE/product/11.2.0; export ORACLE_HOME
$ ORACLE_SID=sagu; export ORACLE_SID

Adicione em ~/.bashrc:

ORACLE_BASE=/ora/app/oracle
ORACLE_HOME=$ORACLE_BASE/product/11.2.0
ORACLE_SID=sagu
TNS_ADMIN=$ORACLE_HOME/network/admin
LD_LIBRARY_PATH=$ORACLE_HOME/lib
PATH=$PATH:$ORACLE_HOME/bin
 
export ORACLE_BASE
export ORACLE_HOME
export ORACLE_SID
export TNS_ADMIN
export LD_LIBRARY_PATH  
export PATH
unset USERNAME
 
Se preferir, adicione também o trecho abaixo no arquivo /etc/profile:

#para o oracle 11g
if [ $USER = "oracle" ]; then
   ORACLE_BASE=/ora/app/oracle
   ORACLE_HOME=$ORACLE_BASE/product/11.2.0
   ORACLE_SID=sagu
   TNS_ADMIN=$ORACLE_HOME/network/admin
   LD_LIBRARY_PATH=$ORACLE_HOME/lib
   PATH=$PATH:$ORACLE_HOME/bin
 
   export ORACLE_BASE
   export ORACLE_HOME
   export ORACLE_SID
   export TNS_ADMIN
   export LD_LIBRARY_PATH
   export PATH
   unset USERNAME
fi
 

Iniciando a instalação

Será preciso logar como usuário oracle, porém, haverá grandes chances do terminal X (xterm) não funcionar, por não estar configurado. Mesmo configurando a variável de ambiente DISPLAY, ainda sim, nessa instalação não foi possível. A solução simples foi fechar a sessão atual o logar no Gnome como usuário oracle.

Já logado como usuário oracle e com uma tela de terminal aberta, siga os passos abaixo:


$ cd /ora
Descompacte o arquivo do banco de dados:

$ unzip ~/linux_11gR2_database_1of2.zip
$ unzip ~/linux_11gR2_database_2of2.zip
 
Antes de iniciar a tela de instalação do banco de dados, é melhor reiniciar a máquina para que as variáveis e arquivos de configuração modificados possam ser lidos novamente.

Entre no diretório do instalador e execute-o:

$ cd /ora/database
$ ./runInstaller -ignoreSysPrereqs 
 
A partir de agora será mostrada a tela de instalação do Oracle. Prossiga com uma nova instalação do banco de dados.
No decorrer da instalação serão feitos testes de variáveis, bibliotecas, distribuição Linux e outros. Alguns erros serão mostrados, mas continue assim mesmo.

Etapas da instalação

A seguir estão os valores definidos nas telas durante o processo de instalação:
TELA DESCRIÇÃO Opção/Ação selecionada
1 CONFIGURAR ATUALIZAÇÃO DE SEGURANÇA * desabilite a opção “Prefiro receber atualização…”


= informe um email
2 OPÇÃO DE INSTALAÇÃO –> Criar e configurar um banco de dados
3 CLASSE DO SISTEMA –> Classe de Servidor
4 OPÇÕES DE GRADE –> Instalação do banco de dados de instância única
5 TIPO DE INSTALAÇÃO –> Instalação avançada
6 IDIOMAS DO PRODUTO –> seleção padrão (pré-definida): Inglês e Português do Brasil
7 EDIÇÃO DO BANCO DE DADOS –> Enterprise Edition ou Standard Edition
8 LOCAL DE INSTALAÇÃO – Aqui o Oracle vai consultar as variáveis de ambiente e preencher as opções automaticamente


= Oracle Base: /ora/app/oracle


= Localização do Software: /ora/app/oracle/product/11.2
9 CRIAR INVENTÁRIO = opção padrão: /ora/app/oraInventory
10 TIPO DE CONFIGURAÇÃO –> Finalidade Geral / Processamento de Transações
11 IDENTIFICADORES DO BANDO DE DADOS = Nome do bando de dados global: dharma.incol.com.br


= Oracle Service Identifier (SID): sagu
12 OPÇÕES DE CONFIGURAÇÃO –> Memória: escolha opção “Ativar Gerenciamento Automático da Memória”


–> Conjunto de caracteres: “Utilizar o default” (WE8MSWIN1252


–> Segurança: opção “Asserção de todas as novas definições de segurança”


–> Exemplos de Esquema: não
13 OPÇÕES DE GERENCIAMENTO –> opções padrões
14 ARMAZENAMENTO DO BANCO DE DADOS –> Sistema de Arquivos


= Localização: /ora/app/oracle/oradata
15 BACKUP E RECUPERAÇÃO –> Não ativar backups automatizados
16 SENHAS DE ESQUEMAS = defina as senhas (sys7i$R0)
17 GRUPOS DO SISTEMA OPERACIONAL = OSDBA: dba


= OSOPER: oinstall
18 VERIFICAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS – O Oracle fará uma checagem no sistema fazendo verificação dos requisitos para instalação.


As pendências serão listadas, como por exemplo, pacotes não encontrados ou parâmetros do kernel inválidos, os quais


podem ser corrigidos antes de iniciar a instalação. Tente corrigir todos os erros possíveis antes de continuar.


Importante ressaltar que o Oracle procura por pacotes em versões específicas, o que significa que o pacote pode


existir em uma versão mais nova não sendo encontrado pelo Oracle e colocado como erro. O melhor a fazer é se certificar


que todos os pacotes estejam instalados, mesmo que em versões mais novas. Depois clique na opção Ignorar Tudo e


continue.
19 RESUMO –> Finalizar
OBS.: certifique-se que todos os pacotes exigidos estejam instalados, mesmo que em versões mais novas. A primeira instalação acusou falha em não encontrar alguns pacotes, porém versões mais novas estavam instaladas no sistema, o que garantiu uma instalação com sucesso.

Acesso ao banco de dados

O Oracle 11g oferece acesso web para consulta e gerenciamento do banco de dados. Os endereços abaixo foram fornecidos no final da instalação:


Url do iSQL*Plus

http://localhost:5560/isqlplus

http://localhost:5561/isqlplus 


Url do iSQL*Plus DBA

http://localhost:5560/isqlplus/dba                            
Url do Database Controle do Enterprise Manager 11g

http://localhost:1158/em


 

Start no Banco de Dados 

 

O jeito mais fácil

O servidor foi reiniciado para testar se o banco será ativado corretamente após um boot. Como ele não faz o start automático, é preciso fazê-lo explicitamente.

Segue a maneira mais simples de startar o banco de dados. Logado como usuário oracle execute os passos abaixo:

Ativando o listener
$ /ora/app/oracle/product/11.2/bin/tnslsnr & 
ou
$ /ora/app/oracle/product/11.2/bin/lsnrctl start

Entre no sqlplus
$ sqlplus sys/sys7i$R0 as sysdba
No sqlplus levante o banco de dados
startup
 

Start de outros serviços Oracle

    Para utilizar o isqlplus (ferramenta web)
$ /ora/app/oracle/product/11.2.0/bin/isqlplusctl start
Para utilizar Enterprise Manager (ferramente web)
$ /ora/app/oracle/product/11.2.0/bin/emctl start dbconsole
 

Observações

Caso o listener do Oracle não funcione corretamente ou o IP do servidor precise ser trocado, verifique os arquivos listener.ora e tnsnames.ora, trocando o nome da máquina no parâmetro HOST pelo ip correto da máquina. 

terça-feira, 30 de março de 2010

A jabuticabeira


O velho estava cuidando da planta com todo o carinho.
O jovem aproximou-se e perguntou:
-Que planta é esta que o senhor está cuidando?
-É uma jabuticabeira, respondeu o velho.
-E ela demora quanto tempo para dar frutos?
-Pelo menos uns quinze anos, informou o velho
-E o senhor espera viver tanto tempo assim?
-Não, não creio que viva mais tempo, pois já estou no fim da minha jornada, disse o ancião.
-Então, que vantagem você leva com isso, meu velho?
-Nenhuma, exceto a vantagem de saber que ninguém colheria jabuticabas, se todos pensassem como você.
"Não importa se teremos tempo suficiente para ver mudadas as coisas e pessoas pelas quais lutamos, mas sim, que façamos a nossa parte, de modo que tudo se transforme a seu tempo”

terça-feira, 16 de março de 2010

Plano Collor teve pontos bons e ruins, diz especialista


Economia nacional


Luciana Cobucci
Direto de Brasília
Especial para o Terra

Há 20 anos, em 16 de março de 1990, um plano econômico surpreendeu boa parte da população brasileira com uma medida que ficou conhecida como "confisco da poupança". Sob a promessa de estabilizar a inflação, que naquela época batia na casa dos 2.000% ao ano, o Plano Brasil Novo foi lançado no dia seguinte à posse de Fernando Collor como presidente da República.
O conjunto de ações teve como mentora a ministra da Economia de Collor, Zélia Cardoso de Mello, e mais um grupo de economistas, e ficou mais conhecido como Plano Collor. O presidente sofreu o impeachment dois anos depois, mas o plano e o seu confisco ficaram marcados na memória dos brasileiros. 


Para o professor da Universidade de Brasília (UnB) e cientista político João Paulo Peixoto, porém, é possível tirar pontos positivos do Plano Collor.
"Havia a crise fiscal, a economia era débil, a inflação ia às alturas. Por outro lado, lá fora o clima era outro: em dezembro de 1989 caiu o Muro de Berlim, o que proporcionou o fim do comunismo e dos sistemas centrados na prevalência do estado, abrindo caminho para regimes econômicos de natureza liberal ou neoliberal. O Plano Collor vem na esteira desses dois ambientes - o externo propício à liberalização da economia e o interno exigindo medidas drásticas", diz. 


Entre as medidas adotadas, a menos popular, de longe, foi o confisco de todas os ativos econômicos - poupanças, contas correntes e overnight (operações de troca de dinheiro por um dia, para resgate no primeiro dia útil seguinte) - com mais de NCZ$ 50 mil (cruzados novos). Em contrapartida, a promessa era devolver, após 18 meses, o valor corrigido pela inflação acrescido de 6% ao ano. Mas, poucos conseguiram reaver o dinheiro, pelo menos integralmente.
A ideia do plano era reduzir a quantidade de dinheiro em circulação. Com menos recursos, a população não teria como comprar, os preços cairiam e, automaticamente, a inflação também. 


O professor João Paulo Peixoto diz acreditar que os idealizadores do Plano Collor aprenderam com os erros do Plano Cruzado, de 1986. No entanto, o confisco dos ativos econômicos foi uma medida incompatível com a realidade brasileira.
"Houve um congelamento de ativos, que aconteceu de forma violenta e improcedente. Se por um lado diminuiu a liquidez (quantidade de dinheiro em circulação) drasticamente, foi uma medida radical, que não funcionou, principalmente porque isso só funciona se for mantida uma rigidez absoluta, o que, obviamente, não aconteceu", afirma.
O professor da UnB diz que apesar da aparente eficácia do plano, o governo afrouxou o aperto e, aos poucos, foi liberando o dinheiro retido para diversos setores da economia. Segundo João Cláudio Peixoto, em pouco tempo o cenário econômico brasileiro era igual ao pré-Plano Collor.
O cientista político afirma que, como todo plano econômico, a tentativa do Plano Collor era de estabilizar o cenário e equilibrar as contas do País. Mas, segundo Peixoto, o plano não se ateve somente a isso.
"Reinava uma intenção forte de liberalizar a economia. Por isso, começaram as privatizações, a abertura de espaço no mercado interno. A ideia era fazer com que o mercado tivesse atuação maior na economia, que fosse mais independente e menos vinculado às vontades do governo", afirma. Por isso, na época, houve uma redução gradual de impostos de importação (o que forçaria os produtores nacionais a baratear seus custos e melhorar a qualidade para competir com produtos importados).
Outras medidas adotadas pelo plano foram: a substituição da moeda, o Cruzado Novo, pelo Cruzeiro; congelamento de preços e salários posteriormente corrigidos pela inflação; e demissão de funcionários públicos, como medida para reduzir a dívida pública. Hoje, a Secretaria de Recursos Humanos, do Ministério do Planejamento, possui uma comissão especial que julga os processos de retorno à administração pública desses funcionários demitidos no governo Collor. 


No entanto, o cientista político diz que o Plano Collor também teve resultados positivos. "Uma coisa boa que o plano fez foi introduzir no Brasil uma agenda neoliberal, continuada no governo Fernando Henrique Cardoso e que está até hoje na agenda política brasileira, para ser implementada. De um modo geral, houve uma mudança da visão do governo em relação ao papel do Estado na economia. Por tudo isso, acredito que do ponto de vista da abertura econômica e da modernização da economia, o plano foi positivo", diz.
O professor da UnB, no entanto, não arrisca uma opinião sobre o que deu errado no Plano Collor. "Ainda não está muito claro se foi um erro político ou econômico. Mas certamente, o confisco das poupanças e contas correntes foi uma surpresa", afirma.