As corporações reconhecidas pelo desenvolvimento de excelentes planos de carreira para seus profissionais – como o caso de Johnson & Johnson e Xerox – têm buscado um novo perfil para os funcionários de TI. Essas organizações dão prioridade para pessoas com perfil colaborativo e que estejam dispostas a trabalhar em diferentes áreas da empresa e não apenas no departamento de tecnologia.
"Acredito que contratar funcionários para um trabalho único e exclusivo é uma ideia do passado", afirma CIO da Johnson & Johnson, LaVerne Council. Em vez disso, ele e outros gestores de TI têm focado no desenvolvimento de programas de job rotation (rotação de trabalhos), com o intuito de oferecer a experiência em diferentes setores da organização. "Nós temos um processo de gestão de talentos, no qual ajudamos nossos funcionários a direcionar a carreira em diferentes funções, de negócios até tecnologia", explica o CIO da fornecedores de produtos industriais WW Grainger, Tim Ferrarell.
Até o momento, essa estratégia parece estar funcionando. Ferrarel, por exemplo, começou na Grainger em gerenciamento de propaganda e produtos, mudou-se para marketing e estratégia e, há sete anos, atua no departamento de tecnologia. O mesmo aconteceu com Jim Ryan, atual CEO da Grainger, que anteriormente exerceu a função de CIO.
Na Xerox, a tendência é similar. O executivo que comandou a transformação da companhia – de uma fornecedora de hardware para uma prestadora de serviços – é ex-gerente do portfólio de aplicações. "O muro anteriormente impenetrável entre o departamento de TI e de negócios tornou-se permeável", brinca o CIO da fabricante, John McDermott.
Na indústria alimentícia General Mills, a estratégia de carreira gira em torno de contratar os melhores e mais brilhantes profissionais e, em seguida, mantê-los engajados para trabalhar o resto de suas carreiras com a empresa, que faturou 14,8 bilhões de dólares em 2009.
O tempo médio de permanência na General Mills é de cerca de 13 anos para os profissionais de TI em geral e de 16 anos para um gerente de TI. A rotatividade é inferior à média da indústria, que é de 5%. Igualmente notável é que mais de 15% dos funcionários de tecnologia da empresa têm MBA.
"Estamos procurando maneiras de atrair pessoas talentosas e que queiram ficar bastante tempo na empresa. Quando vamos contratar alguém, realmente queremos que ela pertença à nossa organização", diz Chris Perretta, CIO da State Street.
Fonte: Computerworld
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